Com fim de restrições, aldeia indígena retoma normalidade aos poucos em Santa Maria

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Foto: Pedro Piegas (Diário)
Aldeia guarani conta com cerca de 120 indígenas em Santa Maria

Aos poucos, a rotina volta ao normal na aldeia guarani de Santa Maria, no Distrito Industrial. Durante a pandemia, a venda de artesanato, principal fonte de renda dos indígenas, chegou a ser paralisada e o sustento se baseou em doações da comunidade.

Mesmo com todos os cerca de 120 indígenas vacinados contra a Covid-19, algumas precauções ainda são adotadas, conforme o cacique Cesário Timóteo, de 45 anos. Por enquanto, apenas adultos são autorizados a sair da aldeia, geralmente para vender artesanato no centro de Santa Maria e em outras cidades do Estado. Mas as vendas ainda estão em ritmo lento.

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- Está saindo pouco, difícil por enquanto. Agora estamos vendendo também a macela, cestinhos, bichinhos de madeira - explica Timóteo.

O sustento ainda depende de doações. A tribo também realiza atividades agrícolas para subsistência, mas as plantações foram duramente afetadas pela estiagem.

- Perdemos tudo por causa da seca. O plantio do milho, feijão, amendoim, batata-doce. melancia. Sobrou só o aipim - conta o cacique.

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Foto: Pedro Piegas (Diário)
Plantação de milho na aldeia

A maior movimentação na manhã de segunda-feira dentro da aldeia era na Escola Yvyra Ija Tenonde Vera Miri. As aulas para os cerca de 70 estudantes recomeçaram nesta segunda após 21 dias de paralisação por conta de um surto de varicela. Conforme a diretora, Sirlete Bitencurt Frigheto, foram 3 casos da doença.

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Uma das turmas participava de uma atividade do lado de fora. Os alunos confeccionaram petecas com palhas de milho e depois jogaram com o auxílio dos professores. Durante a pandemia, a educação na aldeia também obedeceu o regime remoto. Computadores com acesso à internet foram disponibilizados na escola, e os professores que residem na aldeia auxiliavam os estudantes com atividades nas próprias casas.

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Foto: Pedro Piegas (Diário)
Atividade de peteca na escola guarani

- Durante a pandemia, eu entregava as atividades, levava em casa, improvisava as mesinhas para dar a aula, seguir as atividades. Nesse tempo todo, fizemos essas atividades, algumas brincadeiras com as crianças - relata o professor Genício Borges Timóteo, de 43 anos.

Santa Maria também conta com uma aldeia Caingangue, no distrito de Arroio Grande.